Biografia: http://hyldon.com.br/imprensa/biografia/
01 - Deus, a natureza e a música (Jacks Wu)
02 - Estrada errada (Hyldon)
03 - Primeira pessoa do singular (Hyldon - Caetano Veloso)
04 - Homem Pássaro (Alex Malheiros - Hyldon)
05 - Morte doce (Hyldon)
06 - Pra todo mundo ficar ouvindo (Hyldon)
07 - Adoração (Hyldon)
08 - Cor de maçã (Hyldon)
09 - Búzios (Hyldon)
10 - Sheila Guarany (Hyldon)
O cotidiano (Parte I)
Sheila Guarany nas estórias de Alice Maravilhosa (Parte II)
A realidade (Parte III)
11 - O boiadeiro (Hyldon)
12 - Pra dizer adeus (Edu Lobo - Torquato Neto)
FAIXAS BÔNUS (2002)
13 - Taxi pra Bahia (Hyldon)
14 - Palavras de amor ao vento (Hyldon)
15 - Pelas ruas de Los Angeles (Hyldon)
Deus, a natureza e a música, o segundo vinil de Hyldon
(1976), é mais um daqueles casos de "disco secreto", lançado para
cumprir contrato e sem divulgação. Hyldon, um dos três principais nomes do soul
nacional (ao lado de Tim Maia e Cassiano), vinha de um sucesso estrondoso com o
hit-single "Na rua, na chuva, na fazenda" e havia lançado um LP que,
se não teve um grande sucesso, pelo menos projetou o nome do cara. Em briga com
a gravadora após vários problemas no lançamento do primeiro disco - que quase
não foi lançado porque a diretoria queria um LP com várias covers - Hyldon
passava por problemas pessoais, desejava dar uma nova orientação a seu som e
inovava fazendo um disco que era praticamente de soul radical. O romantismo de Na
rua, na chuva... era mantido, só que misturado a algumas experimentações e
a uma ambientação sonora bem mais elaborada e chique do que no primeiro LP. O
resultado foi que, em 1976, apenas 5000 cópias foram prensadas e vendidas, sem
alarde.
Correndo por fora das tradicionais séries de relançamentos (Brasil de A a Z, Samba Soul, 100 anos disso e daquilo), Hyldon resolveu reeditar seu segundo disco, só que a seu modo: o exigente soulman entrou em estúdio e, além de remasterizar as músicas, regravou todos os vocais - que ele julgava malfeitos - e mexeu em várias partes instrumentais, com o auxílio de alguns músicos participantes das sessões originais. Mesmo os puristas hão de concordar que ficou bem melhor, e o resultado é audível a partir da faixa-título, que abre o disco num clima quase gospel. O upgrade vocal melhorou bastante músicas que já eram quase perfeitas, como "Estrada errada" (uma alegre e comovente pré-disco, que poderia ter gerado mais um hit para Hyldon), "Homem pássaro" (jazz-soul aéreo, com Márcio Montarroyos fazendo wah-wah no trompete), "Pra todo mundo ficar sabendo" e a romântica e bela "Cor de maçã".
Adiantando em duas décadas o trabalho de artistas como Jair Oliveira e Max de Castro, Hyldon enxergou conexões entre o soul e o nordeste em "O boiadeiro" e "Morte doce", fez uma versão black de "Pra dizer adeus", de Edu Lobo (com o auxílio de Cristóvão Bastos, hoje um requisitado arranjador de MPB)... Mas as músicas que mais chamam a atenção no disco são a única parceria de Hyldon com Caetano Veloso, "Primeira pessoa do singular" (um samba-rock que ganhou um grande acento jazz graças ao flugelhorn de Paulinho Trompete), a bela "Búzios" (uma espécie de soul progressivo, com várias partes) e a curiosa "Sheila Guarany", uma ópera-rock girando em torno de uma figurinha bem peculiar. Hyldon, que havia recrutado para a gravação original de Deus, a natureza e a música um verdadeiro dream team (o pessoal do Azymuth, da banda Black Rio, Márcio Montarroyos, Carlos Dafé, Tony Bizarro, Robson Jorge, etc), conseguiu fazer, secretamente, um das maiores obras-primas da música brasileira.
Além das músicas originais do disco, o CD inclui três faixas bônus tiradas da fita master de Na rua, na chuva... e que haviam saído na coletânea Velhos camaradas 2, lançada em 2001 pela Universal (também quase secretamente, aliás). "Táxi pra Bahia" é uma das melhores definições do som de Hyldon: soul com a cabeça nos ritmos norte-americanos e os pés nas raízes nordestinas. "Palavras de amor ao vento", um samba-soul, fora gravada por Hyldon com outro nome no disco Nossa história de amor (CBS, 1977). E "Pelas ruas de Los Angeles", uma das melhores músicas do cantor, é um roquenrol negro que também poderia virar hit, mesmo que tardiamente. Hyldon é soul brasileiro como quase não se faz mais, desprovido de qualquer compromisso com modas, eletronices ou emepebismos.
(Texto de Ricardo Schott, publicado no site discotecabasica.com.)
Correndo por fora das tradicionais séries de relançamentos (Brasil de A a Z, Samba Soul, 100 anos disso e daquilo), Hyldon resolveu reeditar seu segundo disco, só que a seu modo: o exigente soulman entrou em estúdio e, além de remasterizar as músicas, regravou todos os vocais - que ele julgava malfeitos - e mexeu em várias partes instrumentais, com o auxílio de alguns músicos participantes das sessões originais. Mesmo os puristas hão de concordar que ficou bem melhor, e o resultado é audível a partir da faixa-título, que abre o disco num clima quase gospel. O upgrade vocal melhorou bastante músicas que já eram quase perfeitas, como "Estrada errada" (uma alegre e comovente pré-disco, que poderia ter gerado mais um hit para Hyldon), "Homem pássaro" (jazz-soul aéreo, com Márcio Montarroyos fazendo wah-wah no trompete), "Pra todo mundo ficar sabendo" e a romântica e bela "Cor de maçã".
Adiantando em duas décadas o trabalho de artistas como Jair Oliveira e Max de Castro, Hyldon enxergou conexões entre o soul e o nordeste em "O boiadeiro" e "Morte doce", fez uma versão black de "Pra dizer adeus", de Edu Lobo (com o auxílio de Cristóvão Bastos, hoje um requisitado arranjador de MPB)... Mas as músicas que mais chamam a atenção no disco são a única parceria de Hyldon com Caetano Veloso, "Primeira pessoa do singular" (um samba-rock que ganhou um grande acento jazz graças ao flugelhorn de Paulinho Trompete), a bela "Búzios" (uma espécie de soul progressivo, com várias partes) e a curiosa "Sheila Guarany", uma ópera-rock girando em torno de uma figurinha bem peculiar. Hyldon, que havia recrutado para a gravação original de Deus, a natureza e a música um verdadeiro dream team (o pessoal do Azymuth, da banda Black Rio, Márcio Montarroyos, Carlos Dafé, Tony Bizarro, Robson Jorge, etc), conseguiu fazer, secretamente, um das maiores obras-primas da música brasileira.
Além das músicas originais do disco, o CD inclui três faixas bônus tiradas da fita master de Na rua, na chuva... e que haviam saído na coletânea Velhos camaradas 2, lançada em 2001 pela Universal (também quase secretamente, aliás). "Táxi pra Bahia" é uma das melhores definições do som de Hyldon: soul com a cabeça nos ritmos norte-americanos e os pés nas raízes nordestinas. "Palavras de amor ao vento", um samba-soul, fora gravada por Hyldon com outro nome no disco Nossa história de amor (CBS, 1977). E "Pelas ruas de Los Angeles", uma das melhores músicas do cantor, é um roquenrol negro que também poderia virar hit, mesmo que tardiamente. Hyldon é soul brasileiro como quase não se faz mais, desprovido de qualquer compromisso com modas, eletronices ou emepebismos.
(Texto de Ricardo Schott, publicado no site discotecabasica.com.)
FICHA TÉCNICA DO CD
1 – Deus, a natureza e a música
1 – Deus, a natureza e a música
Arranjo, Concepção e Violão – Hyldon
Arranjo de Base – Cristovão Bastos
Piano acústico – Robson Jorge (Jorginho Urubu)
Caixa mid – Pedro Braconot
Saxofone tenor – Oberdan Magalhães
Flautas – Celso e Jorginho
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão – Hermes, Chacal e Ariovaldo
Orquestra de Cordas do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
Regência – Maestro Waltel Branco
Vocais – Carlos Dafé, Luís Carlos, Fernando Adour e
Jamil Joanes
2 – Estrada errada
Arranjo, Clavinet mid e Guitarra – Hyldon
Piano Fender Rhodes – José Roberto Bertrami
Órgão Hammond – Robson Jorge
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão – Hermes, Chacal e Ariovaldo
Flautim – Jorginho
Flauta – Celso
Sax-tenor - Oberdan Magalhães
Trumpete – Marcio Montarroyos
Trombone – Maciel
Vocais – Solange, Angela, Fernando, Luís Carlos,
Jamil Joanes e
Carlos Dafé
Participação vocal especial: Almir Moreno
3 – Primeira pessoa do singular
Arranjo e Violão – Hyldon
Flugel Horn – Paulinho Trumpete
Piano elétrico Fender – Robson Jorge
Piano, sintetizadores e Cordas – Artur Borba
(Tutuca)
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão – Chacal e Ariovaldo
Vocais – Solange Rosa, Angela, Fernando Adour,
Jorginho
Urubu, Carlos Dafé e Jamil Joanes
4 - Homem pássaro
Arranjo – Hyldon e Alex Malheiros
Participação vocal especial – Zoé Medina
Trumpetes – Marcio Montarroyos
Baixo – Hyldon
Guitarra – Alex Malheiros
Piano Fender Rhodes – Robson Jorge
Órgão Hammond e
Arp-string – José Roberto Bertrami
Bateria – Ivan
Conti (Mamão)
Percussão – Ariovaldo, Alex Malheiros, Bertrami e
Hyldon
5 - Morte doce
Arranjo e violão – Hyldon
Piano Fender Rhodes – Cristovão Bastos
Órgão Hammond – Robson Jorge
Bateria – Hyldon
Percussão – Hermes, Ariovaldo e Chacal
6 - Pra todo mundo ficar sabendo
Arranjo de base – Hyldon
Arranjo de sopro – Cristovão Bastos
Regência – Waltel Branco
Guitarra e Moog – Hyldon
Baixo – Alex Malheiros
Arp String, Órgão Hammond e Piano Fender – José
Roberto
Bertrami
Bateria – Ivan Miguel (Mamão)
Congas – Ariovaldo
Trumpete – Marcio Montarroyos
Trombone – Maciel
Sax-tenor – Oberdan Magalhães
7 - Adoração
Vocais – Hyldon e Solange Rosa
Violão – Hyldon
8 - Cor de maçã
Arranjo de base – Hyldon
Arranjo de cordas – Cristovão Bastos
Guitarra – Hyldon
Baixo – Alex Malheiros
Piano acústico, Órgão Hammond – Robson Jorge
Orquestra de Cordas do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
Regência – Waltel Branco
Vocais – Solange Rosa, Angela, Fernando Adour,
Carlos Dafé,
Jamil Joanes e Luís Carlos Santos
9 - Búzios
Arranjo e Violão de aço – Hyldon
Flauta – Oberdan Magalhães
Piano acústico e Órgão Hammond – Robson Jorge
Moog – José Roberto Bertrami
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão – Hermes, Ariovaldo e Chacal
Vocais – Lucinha Lins, Angela e Malu
10 - Sheila Guarany
O Cotidiano (Parte I)/As aventuras de
Sheila Guarany nas estórias de Alice
Maravilhosa (Parte II)/A realidade (Parte III)
Arranjo e Guitarra base – Hyldon
Guitarra solo – Claudio Stevenson
Baixo – Rubão Sabino
Piano Fender Rhodes – Cristóvão Bastos
Clavinet – Carlos Dafé
Bateria – Luís Carlos
Tímpanos – Ribeiro
Trumpete – Marcio Montarroyos
Trombone – Maciel
Sax-tenor – Oberdan Magalhães
Vocais – Solange Rosa, Angela, Fernando Adour,
Carlos Dafé, Luís Carlos e Jamil Joanes
11 - O boiadeiro
Arranjo, Guitarra base e Sanfona – Hyldon
Guitarra solo – Cláudio Stevenson
Baixo – Alex Malheiros
Piano Fender Rhodes – Cristovão Bastos
Órgão Hammond – Carlos Dafé
Bateria – Luís Carlos
Percussão – Hermes, Ariovaldo e Chacal
Vocais – Hyldon e Almir Moreno
12 - Pra dizer adeus
Arranjo de base e Guitarra base – Hyldon
Arranjo de cordas e Piano Fender Rhodes – Cristovão
Bastos
Sax-tenor – Oberdan Magalhães
Baixo – Rubão Sabino
Guitarra – Claudio Stevenson
Órgão Hammond – Carlos Dafé
Bateria – Luís Carlos
Orquestra de Cordas do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
Regência – Waltel Branco
Bonus Tracks:
13 - Táxi pra Bahia
Arranjo de base e Guitarra – Hyldon
Piano Mid – Artur
Borba (Tutuca)
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão – Chacal e Mamão
Vocais 1 – Fernando Adour, Regina Correa, Evinha,
Tony
Bizarro, Jussara, Jurema, Zoé Medina, Aragão,
Thiago,
Marquinhos e Marquinhos R&B
Metais – Waldir
Arouca, Milton, Formiga, Hamilton, Maciel,
Barreto, João Luís, Silvio, Bogado, Zé Bodega,
Geraldo,
Maurílio e Gerônimo
Arranjo de orquestra – Waldir Arouca
Orquestra de Cordas do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro
Regência – Maestro Mário Tavares
14 - Palavras de amor ao vento
Arranjo e Violões – Hyldon
Piano e Orquestra – Artur Borba (Tutuca)
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Percussão e Efeitos – Chacal e Mamão
Vocais – Tony Bizarro, Fernando Adour, Robson Jorge,
Jussara, Jurema, Regina Correa, Evinha, Paul Smith
Participação especial – Sheila Wilkirson
Sax-alto – Zé Canuto
15 - Pelas ruas de Los Angeles
Arranjo de base e Guitarra base – Hyldon
Arranjo de metais – Waldir Arouca
Guitarra solo – André de Mello
Baixo – Alex Malheiros
Bateria – Ivan Conti (Mamão)
Piano Fender Rhodes – José Roberto Bertrami
Guitarra Mid – Pedro Braconot
Órgão Roland – Artur Borba
Percussão – Chacal e Mamão
Metais – Waldir Arouca, Hamilton, Maurílio, Formiga,
Maciel, Barreto, Silvio, Bogado e Zé Bodega
Vocais – Evinha, Regina Correa, Tony Bizarro,
Fernando
Adour, Robson Jorge, Jussara e Jurema
Ficha Técnica
Produção fase 1 – faixas 1 a 12 (Ano 1976)
Direção musical – Hyldon
Produção – Guti
Estúdio de gravação – Phonogram (Barra – RJ)
Técnicos – Ari Carvalhaes, Luigi Hoffer e Paulo
Sergio
(Chocolate)
Assistente de estúdio – Júlio César
Produção fase 2 – faixas 13 a 15 (Ano 2002)
Gravado e Remixado no R&B Studios
(Barra da Tijuca – Rio de Janeiro)
Engenheiro de Som – Pedro Braconot
Assistentes – Bruno, Marquinho e Verônica
Mixagem – Hyldon e Pedro Braconot
Masterizado por Luigi Hoffer
Dirigido e Produzido por Hyldon (www.hyldon.com.br)
Um Projeto Universal Music/ DpaBrasil
(www.dpabrasil.com.br)
Apoio: Editora
Warner Chappell
Ilustração – Clare Andrews
Foto – João Castrioto
Arte-final – José Paulo
Adaptação para CD –
Michael Canno
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